sábado, 6 de novembro de 2010

Jonathan REIS (PSV Eindhoven, Hol)


O PSV será, talvez, a melhor porta de entrada na Europa para os jovens talentos brasileiros. À semelhança do que aconteceu com Romário, Vampeta, Ronaldo, Gomes ou Alex, está na forja novo “produto” canarinho made in Eindhoven.
Jonathan Reis, avançado de 21 anos, apareceu para o futebol no Atlético Mineiro, com apenas 16 anos, mas o talento do jovem ponta-de-lança começou a pedir voos mais altos. Em 2007, com 18 anos, vê aparecer-lhe a grande oportunidade e decide mudar-se para a Holanda, em busca do sonho europeu.
Desde então, a carreira de Jonathan Reis sofreu avanços e recuos, tendo recentemente regressado a Eindhoven, depois de ter enfrentado problemas com drogas e álcool que lhe valeram, no início do ano, a dispensa do clube holandês.
No entanto, as dificuldades parecem tê-lo despertado para uma nova vida e o talento finalmente explodiu.
Esta época já leva 7 golos em 5 jogos, na Liga Holandesa, formando com Ola Toivonen e Jermaine Lens um tridente que tem mantido o PSV nos lugares cimeiros da classificação.
Avançado que se movimenta muito bem na área, rápido a reagir, com facilidade de remate, possui o instinto e a inteligência que sobressai nos grandes avançados. Apenas precisa de ganhar maior agressividade, pois quando o conseguir, tem tudo para dar o salto para uma grande equipa europeia.
Será desta que se afirma em definitivo no PSV?



quarta-feira, 27 de outubro de 2010

A METAMORFOSE DE HULK

A mesma potência, a mesma rapidez, a mesma explosão...mas com uma diferente leitura do jogo e de movimentos. É o factor Hulk a decidir jogos em Portugal e na Europa.
Muitas vezes criticado - e bem! - pelo excesso de individualismo que colocava no jogo, nem sempre benéfico para a equipa, Hulk parece ter encontrado uma nova vida.
O treinador mudou, mas o sistema de jogo é o mesmo (4-3-3) e a posição que o nº12 portista ocupa no terreno é idêntica à que ocupava na temporada transacta, embora os movimentos dos companheiros sejam diferentes. O que esteve, então, na génese da significativa evolução do jogador que antes decidia jogos a favor e contra a sua equipa?
Com 13 golos em 13 jogos oficiais, melhor marcador da Liga portuguesa (oito golos em outros tantos jogos), o brasileiro está finalmente a colocar todo o seu potencial ao serviço do colectivo, emergindo como a principal figura de um FC Porto invencível neste início de época.
Hulk mantém o mesmo arsenal de fintas, remates, mas finalmente interiorizou a fórmula para o sucesso individual e colectivo: tornar-se um dos onze, em vez de um entre onze. Com esta modificação de comportamento passou a comunicar de outra forma com o jogo.
À imagem do que sucedia na temporada passada com Di María no Benfica, Hulk está a desequilibrar por completo o campeonato português e aos poucos está a tornar-se num jogador mais completo. É a prova de que só o talento não chega, se a cabeça não acompanhar o crescimento técnico.

domingo, 17 de outubro de 2010

COMO JOGA | BORUSSIA DORTMUND (Ale)


O arranque na Bundesliga deste ano, começa a deixar os adeptos do Dortmund esperançados em novos feitos, depois do calvário de resultados nos últimos anos. O primeiro lugar foi conquistado neste fim-de-semana.
No banco está Jurgen Klopp, ex-jogador do Mainz, onde começou a carreira de treinador e onde permaneceu durante sete anos, antes de em 2008 aceitar mudar-se para a formação do Vale do Ruhr.
Sempre a viver o jogo de forma vibrante, como se ainda andasse dentro de campo, transformou o Borussia Dortmund numa das equipas mais agradáveis da Bundesliga.
Com um futebol atractivo, assente em passes curtos e triangulações, o 4-2-3-1 da formação "amarela" revela bons princípios de jogo, com pressão média/baixa ao portador da bola, surgindo normalmente mais dois jogadores por perto, a fecharem possíveis linhas de passe.
Na defesa, Owomoyela e Schmelzer dão profundidade nas laterais, enquanto Hummels forma com Subotic - ágil no corte e com grande sentido de posicionamento - uma dupla que impõe respeito.
Mas é no meio-campo que está a grande virtude desta equipa, onde Bender garante equilíbrio e o baixinho Nuri Sahin pega no jogo mais atrás, juntando-se ao japonês Kagawa na segunda linha de meio-campo e alterando a estrutura de 2x1 para 1x2.
Nas alas, surgem Blaszczykowski, mais vertical, e Grosskreutz, que parte da esquerda para o centro, no apoio a Lucas Barrios, um ponta-de-lança com grande noção de espaço, que desgasta os centrais adversários e chama a si as marcações, permitindo as rupturas das "serpentes" Sahin e Kagawa.
Futebol de primeira a marcar posição na Bundesliga 2010-2011.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Morten RASMUSSEN (Mainz, Ale)

Ponta-de-lança de uma das equipas-sensação da Europa neste início de época, Morten Rasmussen iniciou a carreira no Aarhus, em 2002, com 17 anos, mas foi no Brondby que começou a confirmar os dotes de goleador.
No início deste ano rumou à Escócia, para representar o Celtic, mas 10 jogos e 4 golos depois mudou-se para a Alemanha, encontrando no recém-promovido Mainz o "habitat" perfeito para explanar as suas características.
O início de época não poderia ser melhor, com dois golos nas duas primeiras jornadas da Bundesliga. Ainda assim, acabou por perder o lugar, perante a boa resposta de Adam Szalai e Sami Allagui, dupla atacante escolhida pelo técnico Thomas Tuchel.
Internacional dinamarquês, passou por todas as selecções jovens do país, mas apenas agora está a consolidar o seu lugar na principal equipa dinamarquesa.
Avançado que se movimenta bem na área, sabe antecipar o espaço onde a bola vai cair e executa rápido, sempre com muita objectividade, além de ser forte no jogo aéreo, raramente perdendo um duelo nas alturas.


quinta-feira, 14 de outubro de 2010

JEFFERSON (Estoril-Praia, Por)

Lateral esquerdo de grande propensão ofensiva, ao bom estilo dos laterais "canarinhos".
O canhoto Jefferson, de 22 anos, apareceu no São Caetano, em 2007, tendo passagens por Palmeiras e Grêmio Prudente, antes de se mudar, no início desta temporada, para a formação da Linha.
Chegou a Portugal com a missão de substituir o compatriota Ismaily, que rumou ao Olhanense, e fica a ideia de que o Estoril ganhou com a troca.
Aposta do técnico Vinicius Eutrópio para a ocupar o lado esquerdo da defesa estorilista, destaca-se pela capacidade técnica e enorme frescura física, subindo inúmeras vezes no terreno durante os 90 minutos, galgando metros com grande personalidade, como um autêntico "carrilero".
Dono de um pontapé fortíssimo, é um jogador muito rápido, fisicamente robusto, o que lhe permite saber jogar no choque com o adversário, tem bom controlo de bola em progressão e dá largura e profundidade ao jogo da equipa.
Ainda em fase de adaptação à realidade futebolística europeia, o lateral estorilista já dá mostras de estar a consolidar os processos defensivos, gerindo muito bem os "timings" de subida no terreno.
O novo "pé-canhão" da Amoreira começa a mostrar pormenores que o tornarão num alvo apetecível para as equipas do primeiro escalão durante a reabertura do mercado.